quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

O maior de todos os Medos

O MAIOR DOS MEDOS

Texto: I Jo 4:18


Muitos são os estudos feitos a respeito dos novos males que afetam a nossa geração.
São enumeras pesquisas, e a cada dia uma nova doença grife aparece!
Alguns afirmam que a ansiedade é o mal do homem moderno, e pela falta de tempo nos tornamos escravos do próprio tempo, e, portanto a angustia de não consegui fazer tudo que se quer fazer, nos transforma em seres absurdamente ansiosos.

Outros dizem que a depressão é a verdadeira doença do nosso tempo. Sim! A depressão atinge a milhares de indivíduos ao redor do mundo. Ela não escolhe cor, condição social, profissão, estado civil... Centenas de pessoas que se transformam em casulos humanos, vivendo as piores angustias existenciais, tendo nas mais diversas razões suas fontes geradoras.
São casamentos destruídos, é a frustração por causa da não realização profissional, a dificuldade nas relações familiares, o caos financeiro que atinge a muitos e outras tantas razões que deprime uma enorme parcela de pessoas. E a depressão trava a vida!

Mas ainda há o que alguns já catalogaram como uma nova doença dos nossos dias: O Stress.
Todo mundo aqui, talvez com raríssima exceção já disse um dia... “Hoje estou stressado!”
Bom sem querer conceituar nada de maneira muito elaborada, mesmo por que não sou especialista no assunto, e também por que creio que se de fato o stress é uma doença, acredito que ela se caracteriza mais por um estado, do que propriamente uma patologia que se descobre num laboratório.

O stress (dizem os entendidos) é causado por uma conjuntura de coisas, e não por um mosquito...Não existe o Aedichestrssipt”,apesar de que os mosquito da casa onde eu moro me deixam stressadissimo!

Segundo uma das definições medicas, o STRESS é: “O resultado de uma reação que o nosso organismo tem quando estimulado por fatores externo desfavoráveis”.

E ainda: “Causa nervosismo, taquicardia, sudorese, tremor, pernas fracas, cansaço, esgotamento, insônia”, e existem casos de pessoas que enlouqueceram como resultado desse processo stressante!

O fato, contudo, é de que inegavelmente somos o povo do stress, e das angustias que decorrem dele, é só percebermos o nosso dia, as nossas reações, como respondemos as demandas do cotidiano e concluiremos o nosso grau de stress.

Mas ainda há uma outra coisa a se dizer no sentido das doenças do nosso tempo.
Não sei se chamaria de uma quarta doença, isso por que poderíamos definir como a resultante de tudo isso que já foi dito. Uma espécie de produto, ou o extrato dos nossos stresses, das nossas depressões, todos esses filhos da mãe ansiedade.

Mesmo por que, nenhuma dessas doenças se apresentam tão arrumadinhas como eu coloquei, na verdade e para sermos bem sinceros elas nos habitam associadas, elas se nutrem umas das outras,

Eu estou me referindo ao MEDO.
Se o medo ainda não esta catalogado como umas dessas doenças modernas, em minha opinião ela já se tornou uma epidemia na alma dos homens!

Carl Gustav Jung, um dos maiores psiquiatras do mundo, e fundador da escola analítica de psicologia, que desenvolveu e difundiu a tese da Consciência coletiva, e do papel preponderante da cultura na vida do individuo, talvez se vivesse em nossos dias pensaria em discorrer sobre o amedrontamento coletivo, o medo social, a angustia apavorante de se viver no planeta Terra!

Bem, eu não sei se você pensa assim, ou já pensou algo dessa natureza. Mas confesso a você que meu sentimento algumas vezes é de assombro total!
É aterrorizante viver nesse lugar...

Se realmente formos francos, sinceros essa será nossa conclusão.
E minha questão não é puramente social. Ora essa é uma questão importantíssima, mais o medo está instalado no ser, e as questões sociais são potencializadores dessa angustia-medo que corrói o coração.

Acredito que minha tese tenha algum sentido. O medo é tão grande que tem virado tema de musica de famosos artistas.
Outro dia ouvindo radio, ouvi uma musica que me deixou “estatalado”.
Quem cantava era Lenine, ele estava pregando e nem sabia,
Ele talvez pense até hoje que foi apenas uma leitura da vida, de uma artista da musica, e, portanto uma percepção lúdica e bela;
Para mim soou como uma palavra seria e eterna, isso por que eu creio que Deus usa todas as bocas e todas as mulas que Ele quer.

Ele cantava o Medo e expunha todas as suas implicações!

Sim, o medo é uma prisão, que escraviza o ser, deixando-nos perdidos na existência!

Mas, em minha opinião há uma razão para medo se tornar uma experiência tão concreta e absoluta.
É como se houvesse o medo dos medos. Digo isto por que o medo que vemos como expressão social, é na verdade o somatório de todos os medos individuais.
De modo que antes de ser uma experiência do coletivo o medo se instala numa alma solitária!

Portanto eu posso afirmar que tem gente que sente que tem uma sensação que não consegue nem definir que tipo de sensação é, e afirmo isso por que essa é a nossa angustia, que se revela de muitos modos.

O MAIOR DE TODOS OS MEDOS É O DE NÃO SERMOS AMADOS!

Não ser amado é apavorante, é amedrontador, é assustador, é angustiante!
O medo de não ser aceito provoca os piores desastres humanos, e por conseqüência os familiares e sociais!

Um filho que não se sente amado por seu pai, ou por sua mãe, na grande, maioria das vezes se rebela, e por causa disso entra num processo de auto-destruição, ele acha que está punindo aqueles que supostamente não o amam, mas ele é a vitima.

Um esposo ou uma esposa rejeitado se deprimem ao ponto de paralisarem suas vidas, isso por que temos medo da solidão...

Temos medo do encalhamento, temos medo do ostracismos social, temos medo de não sermos aceitos pela galera, e por isso abrimos mão de nós mesmos, e por vezes nos violentamos, ao ponto de inventarmos um outro eu... E tudo isso pela necessidade das necessidades: AMOR!

Fomos criados pelo amor, para o amor e para amar, e é esse a resposta, ou caminho para se vencer o medo!

O AMOR LANÇA FORA TODO MEDO!

Quem ama e é amado tem coragem de viver, mesmo numa terra sem dono como a nossa!

Quem ama e é amado, encontra razões, para se levantar todos os dias e se lançar nessa a aventura chamada vida, mesmo que muitas vezes ela se apresente de modo injusta;
Isso por quem ama e é amado, sabe que a razão da vida não está nessa existência cansada e por vezes enfadonha,

Quem ama e é amado sabe que a Verdadeira vida é ELE, E ELE É AMOR, E POR ESSA RAZAO VALE APENA VIVER, AINDA QUE CHORANDO, ISSO POR QUE UM DIA POR AMOR A NÓS TODA LAGRIMA SERÁ ENXUGADA DO ROSTO, E TODA HEMORRAGIA EXISTENCIAL SERÁ ESTANCADA!

Quem é amado se fortalece e caminha;
Quem é amado se encontra e encontra a outros no caminho;
Quem é amado se renova, igual a borboleta que já foi lagarta, virou casulo, mas hoje é borboleta...
Assim é o amor em nós, transformando-nos em seres embrutecidos, cascudos, em gente!

O PERFEITO AMOR LANÇA FORA TODO MEDO!

O medo de não sermos aceitos existe, por que nós sabemos quem somos, e expor o que somos significa expor o que de mal, o que de feio e sujo temos!

Por isso mesmo nascem e crescem as hipocrisias e nos lambuzamos com as nossas mascaras, e é surgi o medo de sermos descobertos, por que sermos descoberto significa a falência de nossa imagem!

Mais o PERFEITO AMOR LANÇA FORA TODO MEDO!
Por quê?

1. No amor eu respondo as verdadeiras demandas, ou seja, as angustias que tem haver com “não tenho”, “não sou”, ou então, “eu sou mais não queria ser”, vão perdendo força e dentro de nós, e o que nasce é: Obrigado, obrigado...não sou merecedor...O que nasce é... “Olha as aves do céu, e os lírios do campo”, Sou eu (diz Jesus) quem cuida deles, quanto mais vocês!


2. No amor que lança fora todo medo, eu sou eu mesmo, eu ganho “a carta de alforria do ser”, eu me liberto da tentação de inventar um outro eu que não sou eu! No amor cessam-se os processos de esquizofrenia existencial, ou seja, só existe diante Dele um só Pedro, com todos os carrapichos, com todas as deformações, com todos os equívocos, com todos os pecados. Esse sou eu diante Dele, depomos as armas!

3. No amor que lança fora todo medo, eu enxergo as essencialidades com objetividade, significa dizer que começamos a valorizar aquilo que de fato é. Sem amor não se tem foco, tudo é paixão, e encarnamos aquela máxima: coisificar pessoas e personalizar coisas. E as pessoas que de fato são, deixam de ter valor, não por que não há mais valor nelas, mas simplesmente por que perdemos o foco. Ora, não há mais tempo para pessoas muito mesmo para o amor, temos que “correr atrás... do vento”.

No fundo, para a maioria de nos, gastar tempo com gente é perda de tempo!

Mas, para nossa infelicidade, esse é o emblema do Evangelho conforme Jesus Cristo: Amor e gente!
Fora disso, e fora isso é outro evangelho...

Sim, eu sei que há muitos medos que nos habitam. Sei que muitos deles tem haver com essa existência, e suas expressões sociais, e isso é absolutamente compreensível.
A vida já se banalizou há muito tempo. Vivemos uma aberração social. O programa que faz sucesso na hora do almoço é Bronca Pesada... então durma com a bronca dessa!

Mas para mim essas manifestações perversas são reverberações da mais angustiante ignorância: A de não experimentar amor!

Quando éramos bem pequenos, meu pai construiu uma casa numa rua bem afastada, tinham pouquíssimos moradores ali, uma rua escura, não tinha ainda asfalto por aquelas bandas.
Era escuro, ermo, tinha, mesmo sendo criança uma sensação de estarmos sozinhos. Gostava mais do dia do que da noite, e a razão é obvia, eu tinha Medo!

As vezes chovia, ai as coisas pioravam! Mas para todos nós (principalmente os mais novos), a melhor hora era quando papai buzina no portão!
Como era bom! Vê-lo, abraça-lo! Sua presença trazia-me um sentimento de segurança, me sentia o mais corajoso de todos!

Assim é todo homem sem o amor de Deus! Como a minha casa. Distante, solitária, inóspita, escura.
O amor de Deus é a buzinada no portão!

Eu sei que existem medos ai dentro de você, e sei por uma razão muita simples: Eles me habitam também. Às vezes como uma tormenta sem fim, inquieta-me, tira-me o sossego.
E o AMOR de Deus starta esse processo de libertação, de apaziguamento, de pacificação da vida e na vida!

Falamos no começo da "pregação" de Lenine, cantando com tanta clareza sobre o medo.
Mais uma vez uma canção me veio ao coração...Agora quem""prega"pra mim é Jota Quest
Por que depois do mergulho que damos no amor de DEUS,

Medo, eu nao te escuto mais, você não me leva a nada...
E se quiser saber pra onde eu vou, pra onde tenha sol, é pra lá vou!

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