quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Deus é essencial!

Em minha opinião vivemos uma época fantástica!
Somos parte de uma geração que tem testemunhado um desenvolvimento humano sem precedentes.

Se alguém me contasse há uns dez anos atrás, o que temos visto neste dias, sinceramente não acreditaria!
Sem duvida somos uma geração privilegiada, nunca se construiu tanto, como nos nossos dias.

Outro dia vendo um desses programas de reportagens temáticas, vi a tal da Laparoscopia.
O médico faz intervenções cirúrgicas através de incisões mínimas, que são passados através de cateteres, e por meio de micro-câmeras são realizadas operações com alto nível de complexidade. Impressionante! Eu pensei, o homem tem uma capacidade extraordinária!

Cada dia que se passa os mundos são encurtados. Depois do advento da internet, e com lance da banda larga e toda a avalanche tecnológica na área da comunicação, para o homem de nossos dias, nem o céu é o limite, posto que a lua se tornou o ponto turístico para alguns mega-milionários, que chegam a gastar vinte milhões de dólares por uma semana no solo lunar!

O que esperar então desse homem antenado, desse homem linkado, um homem que vive on-line com o restante do planeta?

Que constrói pontes virtuais, relacionamentos que nascem a partir dos provedores de acesso, gente que não consegue mais existir sem seu PC?

Temos construído sim, e é obvio que todas estas coisas fizeram surgir um mundo de facilidades, todo avanço trás melhoria. Hoje é bem mais fácil certas coisas do que há 50 anos atrás.
Hoje a maioria da população carente tem acesso a certos serviços inimagináveis há algum tempo atrás. Claro não somos tolos para acharmos que avanço seja algo ruim, que tecnologia seja ruim, mas a questão é: Todo este progresso, todo este desenvolvimento tem feito surgir que tipo de homem?

Creio que nossas construções, em ultima analise estão descontruíndo o nosso ser, e porque eu digo isto? Digo isto por que transformamos o nosso mundo de facilidades na razão de ser e de existir, de modo que as melhorias que resultam do avanço e progresso humanos o tem distanciado das essencialidades, das coisas que são fundamentais, daquilo que não se encontra em chip´s, ou em programas avançados, descontruíndo assim o ser, desequilibrando alma e fazendo enfermar as emoções!

Podemos até construir um mundo perfeito, mas sem discernimento daquilo que é essencial, jamais seremos homens plenos em nossa existência!

Mas o que é essencial?

Para mim, é tudo que tem haver com o coração!
Essencial é o amor, por que dele nascem todas as possibilidades reais desta vida, principalmente no que concernem as pessoas que também são essenciais;

Essencial é deixar que a alma pulsar, é permitir se sentir gente, a despeito das demandas, e estas já resultantes das cobranças, e tudo como um sinal claro do nosso apego por este mundo...

Na verdade, essencial é Deus!!
Sim Deus é tudo!

· Posto que Nele, só Nele o coração vive de fato;
· Só Nele a alma se equilibra;
· É só em Deus que as emoções encontram pacificação.

De modo que essencial é Deus e tudo do que Dele nasce!

É quase impossível pensarmos num mundo sem microcomputadores, sem softers, é impossível pensarmos num mundo sem celulares, mas pasmem tem muita gente pensando que é possível viver sem Deus!
E creiam é impossível!

Creio que ainda construiremos mais, avançaremos mais, o homem ainda surpreenderá a ele mesmo, mas infelizmente este homem surpreendente em suas ações, se achará (como já se acha)auto-suficiente, dono de si e dono do mundo, e longe, mas muito longe do Deus-Todo-essencial. Será prospero, ultra-hiper-mega-moderno, mas arcaicamente infeliz, posto que sem Deus tudo é nada, e a simplicidade da vida enriquece Nele a existência!

Pr. Pedro Albuquerque

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

O maior de todos os Medos

O MAIOR DOS MEDOS

Texto: I Jo 4:18


Muitos são os estudos feitos a respeito dos novos males que afetam a nossa geração.
São enumeras pesquisas, e a cada dia uma nova doença grife aparece!
Alguns afirmam que a ansiedade é o mal do homem moderno, e pela falta de tempo nos tornamos escravos do próprio tempo, e, portanto a angustia de não consegui fazer tudo que se quer fazer, nos transforma em seres absurdamente ansiosos.

Outros dizem que a depressão é a verdadeira doença do nosso tempo. Sim! A depressão atinge a milhares de indivíduos ao redor do mundo. Ela não escolhe cor, condição social, profissão, estado civil... Centenas de pessoas que se transformam em casulos humanos, vivendo as piores angustias existenciais, tendo nas mais diversas razões suas fontes geradoras.
São casamentos destruídos, é a frustração por causa da não realização profissional, a dificuldade nas relações familiares, o caos financeiro que atinge a muitos e outras tantas razões que deprime uma enorme parcela de pessoas. E a depressão trava a vida!

Mas ainda há o que alguns já catalogaram como uma nova doença dos nossos dias: O Stress.
Todo mundo aqui, talvez com raríssima exceção já disse um dia... “Hoje estou stressado!”
Bom sem querer conceituar nada de maneira muito elaborada, mesmo por que não sou especialista no assunto, e também por que creio que se de fato o stress é uma doença, acredito que ela se caracteriza mais por um estado, do que propriamente uma patologia que se descobre num laboratório.

O stress (dizem os entendidos) é causado por uma conjuntura de coisas, e não por um mosquito...Não existe o Aedichestrssipt”,apesar de que os mosquito da casa onde eu moro me deixam stressadissimo!

Segundo uma das definições medicas, o STRESS é: “O resultado de uma reação que o nosso organismo tem quando estimulado por fatores externo desfavoráveis”.

E ainda: “Causa nervosismo, taquicardia, sudorese, tremor, pernas fracas, cansaço, esgotamento, insônia”, e existem casos de pessoas que enlouqueceram como resultado desse processo stressante!

O fato, contudo, é de que inegavelmente somos o povo do stress, e das angustias que decorrem dele, é só percebermos o nosso dia, as nossas reações, como respondemos as demandas do cotidiano e concluiremos o nosso grau de stress.

Mas ainda há uma outra coisa a se dizer no sentido das doenças do nosso tempo.
Não sei se chamaria de uma quarta doença, isso por que poderíamos definir como a resultante de tudo isso que já foi dito. Uma espécie de produto, ou o extrato dos nossos stresses, das nossas depressões, todos esses filhos da mãe ansiedade.

Mesmo por que, nenhuma dessas doenças se apresentam tão arrumadinhas como eu coloquei, na verdade e para sermos bem sinceros elas nos habitam associadas, elas se nutrem umas das outras,

Eu estou me referindo ao MEDO.
Se o medo ainda não esta catalogado como umas dessas doenças modernas, em minha opinião ela já se tornou uma epidemia na alma dos homens!

Carl Gustav Jung, um dos maiores psiquiatras do mundo, e fundador da escola analítica de psicologia, que desenvolveu e difundiu a tese da Consciência coletiva, e do papel preponderante da cultura na vida do individuo, talvez se vivesse em nossos dias pensaria em discorrer sobre o amedrontamento coletivo, o medo social, a angustia apavorante de se viver no planeta Terra!

Bem, eu não sei se você pensa assim, ou já pensou algo dessa natureza. Mas confesso a você que meu sentimento algumas vezes é de assombro total!
É aterrorizante viver nesse lugar...

Se realmente formos francos, sinceros essa será nossa conclusão.
E minha questão não é puramente social. Ora essa é uma questão importantíssima, mais o medo está instalado no ser, e as questões sociais são potencializadores dessa angustia-medo que corrói o coração.

Acredito que minha tese tenha algum sentido. O medo é tão grande que tem virado tema de musica de famosos artistas.
Outro dia ouvindo radio, ouvi uma musica que me deixou “estatalado”.
Quem cantava era Lenine, ele estava pregando e nem sabia,
Ele talvez pense até hoje que foi apenas uma leitura da vida, de uma artista da musica, e, portanto uma percepção lúdica e bela;
Para mim soou como uma palavra seria e eterna, isso por que eu creio que Deus usa todas as bocas e todas as mulas que Ele quer.

Ele cantava o Medo e expunha todas as suas implicações!

Sim, o medo é uma prisão, que escraviza o ser, deixando-nos perdidos na existência!

Mas, em minha opinião há uma razão para medo se tornar uma experiência tão concreta e absoluta.
É como se houvesse o medo dos medos. Digo isto por que o medo que vemos como expressão social, é na verdade o somatório de todos os medos individuais.
De modo que antes de ser uma experiência do coletivo o medo se instala numa alma solitária!

Portanto eu posso afirmar que tem gente que sente que tem uma sensação que não consegue nem definir que tipo de sensação é, e afirmo isso por que essa é a nossa angustia, que se revela de muitos modos.

O MAIOR DE TODOS OS MEDOS É O DE NÃO SERMOS AMADOS!

Não ser amado é apavorante, é amedrontador, é assustador, é angustiante!
O medo de não ser aceito provoca os piores desastres humanos, e por conseqüência os familiares e sociais!

Um filho que não se sente amado por seu pai, ou por sua mãe, na grande, maioria das vezes se rebela, e por causa disso entra num processo de auto-destruição, ele acha que está punindo aqueles que supostamente não o amam, mas ele é a vitima.

Um esposo ou uma esposa rejeitado se deprimem ao ponto de paralisarem suas vidas, isso por que temos medo da solidão...

Temos medo do encalhamento, temos medo do ostracismos social, temos medo de não sermos aceitos pela galera, e por isso abrimos mão de nós mesmos, e por vezes nos violentamos, ao ponto de inventarmos um outro eu... E tudo isso pela necessidade das necessidades: AMOR!

Fomos criados pelo amor, para o amor e para amar, e é esse a resposta, ou caminho para se vencer o medo!

O AMOR LANÇA FORA TODO MEDO!

Quem ama e é amado tem coragem de viver, mesmo numa terra sem dono como a nossa!

Quem ama e é amado, encontra razões, para se levantar todos os dias e se lançar nessa a aventura chamada vida, mesmo que muitas vezes ela se apresente de modo injusta;
Isso por quem ama e é amado, sabe que a razão da vida não está nessa existência cansada e por vezes enfadonha,

Quem ama e é amado sabe que a Verdadeira vida é ELE, E ELE É AMOR, E POR ESSA RAZAO VALE APENA VIVER, AINDA QUE CHORANDO, ISSO POR QUE UM DIA POR AMOR A NÓS TODA LAGRIMA SERÁ ENXUGADA DO ROSTO, E TODA HEMORRAGIA EXISTENCIAL SERÁ ESTANCADA!

Quem é amado se fortalece e caminha;
Quem é amado se encontra e encontra a outros no caminho;
Quem é amado se renova, igual a borboleta que já foi lagarta, virou casulo, mas hoje é borboleta...
Assim é o amor em nós, transformando-nos em seres embrutecidos, cascudos, em gente!

O PERFEITO AMOR LANÇA FORA TODO MEDO!

O medo de não sermos aceitos existe, por que nós sabemos quem somos, e expor o que somos significa expor o que de mal, o que de feio e sujo temos!

Por isso mesmo nascem e crescem as hipocrisias e nos lambuzamos com as nossas mascaras, e é surgi o medo de sermos descobertos, por que sermos descoberto significa a falência de nossa imagem!

Mais o PERFEITO AMOR LANÇA FORA TODO MEDO!
Por quê?

1. No amor eu respondo as verdadeiras demandas, ou seja, as angustias que tem haver com “não tenho”, “não sou”, ou então, “eu sou mais não queria ser”, vão perdendo força e dentro de nós, e o que nasce é: Obrigado, obrigado...não sou merecedor...O que nasce é... “Olha as aves do céu, e os lírios do campo”, Sou eu (diz Jesus) quem cuida deles, quanto mais vocês!


2. No amor que lança fora todo medo, eu sou eu mesmo, eu ganho “a carta de alforria do ser”, eu me liberto da tentação de inventar um outro eu que não sou eu! No amor cessam-se os processos de esquizofrenia existencial, ou seja, só existe diante Dele um só Pedro, com todos os carrapichos, com todas as deformações, com todos os equívocos, com todos os pecados. Esse sou eu diante Dele, depomos as armas!

3. No amor que lança fora todo medo, eu enxergo as essencialidades com objetividade, significa dizer que começamos a valorizar aquilo que de fato é. Sem amor não se tem foco, tudo é paixão, e encarnamos aquela máxima: coisificar pessoas e personalizar coisas. E as pessoas que de fato são, deixam de ter valor, não por que não há mais valor nelas, mas simplesmente por que perdemos o foco. Ora, não há mais tempo para pessoas muito mesmo para o amor, temos que “correr atrás... do vento”.

No fundo, para a maioria de nos, gastar tempo com gente é perda de tempo!

Mas, para nossa infelicidade, esse é o emblema do Evangelho conforme Jesus Cristo: Amor e gente!
Fora disso, e fora isso é outro evangelho...

Sim, eu sei que há muitos medos que nos habitam. Sei que muitos deles tem haver com essa existência, e suas expressões sociais, e isso é absolutamente compreensível.
A vida já se banalizou há muito tempo. Vivemos uma aberração social. O programa que faz sucesso na hora do almoço é Bronca Pesada... então durma com a bronca dessa!

Mas para mim essas manifestações perversas são reverberações da mais angustiante ignorância: A de não experimentar amor!

Quando éramos bem pequenos, meu pai construiu uma casa numa rua bem afastada, tinham pouquíssimos moradores ali, uma rua escura, não tinha ainda asfalto por aquelas bandas.
Era escuro, ermo, tinha, mesmo sendo criança uma sensação de estarmos sozinhos. Gostava mais do dia do que da noite, e a razão é obvia, eu tinha Medo!

As vezes chovia, ai as coisas pioravam! Mas para todos nós (principalmente os mais novos), a melhor hora era quando papai buzina no portão!
Como era bom! Vê-lo, abraça-lo! Sua presença trazia-me um sentimento de segurança, me sentia o mais corajoso de todos!

Assim é todo homem sem o amor de Deus! Como a minha casa. Distante, solitária, inóspita, escura.
O amor de Deus é a buzinada no portão!

Eu sei que existem medos ai dentro de você, e sei por uma razão muita simples: Eles me habitam também. Às vezes como uma tormenta sem fim, inquieta-me, tira-me o sossego.
E o AMOR de Deus starta esse processo de libertação, de apaziguamento, de pacificação da vida e na vida!

Falamos no começo da "pregação" de Lenine, cantando com tanta clareza sobre o medo.
Mais uma vez uma canção me veio ao coração...Agora quem""prega"pra mim é Jota Quest
Por que depois do mergulho que damos no amor de DEUS,

Medo, eu nao te escuto mais, você não me leva a nada...
E se quiser saber pra onde eu vou, pra onde tenha sol, é pra lá vou!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

CONVITE

Em um dos seus muitos econtros Jesus conversou com uma mulher de Samaria a beira de um tanque ( cf. João 4: 1-30). Entre tantos assuntos que foram expostos ali, havia a dúvida daquela mulher quanto ao lugar que se deveria adorar a Deus.

Jesus com simplicidade respondeu a ela, que o lugar que a muito se valorizou como "o lugar" não tinha mais importância, posto ser o verdadeiro e unico lugar o coração daqueles que adoram!

De tal forma, que em qualquer espaço fisico, até mesmo num "templo" pode se adorar , desde que seja com verdade e fé Nele!
A adoração acontece quando o Evangelho inunda o ser, fazendo-nos novas pessoas, nesse sentido portando, não importa onde estejamos, o que importa é o que somos Nele!

É nessa certeza que nós da Comunidade Cristã Doxa convidamos você para o inicio dos nossos encontros.
Nos encontraremos para adorar, para celebrar a vida, compartilhar do Evangelho de Jesus, ouvirmos e cantarmos boa musica e falarmos sobre Espiritualidade, sendo a gente mesmo!

Nos reuniremos a partir do dia 13 de janeiro, as 18:00 h, no Colegio Clovis Beviláquia, ao lado da praça Tertuliano Feitosa - Hipodromo (vindo pela Encruzilhada, segundo sinal a esquerda).

Como gostariamos de ver voce e sua familia lá!
O Convite está feito, quem sabe não nos encontraremos?
Beijão,

Pedro Albuquerque


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Praça Tertuliano Feitosa - 111, Hipódromo
(Colégio Clóvis Bevilaquia - Fone: 91174494)

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Vais e não peques mais X Vais e não voltes mais

Hoje mais uma vez me deparei com um dos desvios da igreja institucional, digo institucional, por que a IGREJA, que deveria ser apenas um organismo, a reunião daqueles que foram tocados pela Graça de Deus, se tornou um lugar de convergência de interesses próprios, onde os valores e os princípios de seu fundador JESUS CRISTO, foram a muito esquecidos e transformados em tópicos teológicos.

Mas, como dizia, fui surpreendido... Uma jovem me procurou no gabinete, aflita e visivelmente desnorteada. Ela me apresentou a razão de toda aquela aflição: uma gravidez inesperada.
Ela e o seu namorado, membros da mesma igreja, começaram um namoro, deixaram-se levar pelas paixões da juventude e consumaram o ato sexual, segundo ela mesma aconteceu umas quatro ou cinco vezes, e numa dessas vezes aconteceu o que temiam... A gravidez!

Desesperados, procuraram o seu pastor, cônscios de seus equívocos, mas com esperança de serem “absorvidos” pelo seu líder, buscaram apresentar toda a história, sem rodeios e sem esconder nada confessaram e abriram os seus corações... Bem o resultado que se seguiu foi um verdadeiro linchamento público, foram sumariamente expulsos de seus cargos, por que segundo “pastor” não eram dignos de tais funções!

Eles eram impuros! Ele um exímio contra-baxista, e muito dedicado no serviço e ela uma das integrantes do departamento infantil daquela comunidade, foram afastados, sem direito a nada, nem uma explicação, sem que houvesse a oportunidade de se concertar, o que para o pastor era “inconsertável”.

O púlpito se tornou um lugar de mensagens encomendadas, as pessoas cheias de moral e pudor, e tomadas pelo “zelo do Senhor”, os tratavam como se fossem leprosos, e tudo isso por que confessaram o seu pecado!
Hipocrisia!

Sim, tudo isso é uma grande hipocrisia, nos inquietamos profundamente com as barrigas que crescem, com as inconseqüências de nossos jovens e achamos que amar um casal que fez sexo antes do casamento é nos tornarmos complacentes e paternalistas!

Pensamos que temos o direito de legislar sobre a vida do outro, determinando quem pode e quem não pode exercer os cargos na comunidade, e isso tudo numa eleição absolutamente estética!

Achamos-nos puros demais, simplesmente por que os nossos pecados não fazem à barriga crescer! Aliás, convencionamos que os piores pecados, os pecados imperdoáveis são aqueles que maculam a imagem da “igreja”. Nossos temores são aqueles que podem sujar a reputação de nossas denominações, de tal maneira que se suporta um orgulhoso, mas não se tolera um fumante recém chegado, que luta desesperadamente contra seu vicio, se elege presbíteros amantes do dinheiro, dominadores, contudo não se tem compaixão de uma mãe solteira!

Tolera-se uma fofoqueira, que está em todos os cultos de oração imagináveis, mas que promove dissensão entre os irmãos, simplesmente por que ela é esteticamente aceitável! Contudo aquele jovem recém saído das drogas, vivendo ainda uma luta descomunal com seus dilemas, com uma aparência repugnante, não consegue pacificar a sua alma, posto que a “igreja” é um lugar para os “puros” e cheia de pessoas estaticamente toleráveis!

Penso que sofremos de uma amnésia que é resultante de nossa conveniência, e por que digo isto? Porque Jesus andou entre os inaceitáveis! Ele que é a plena manifestação da Graça chocou aqueles que se achavam a mais alta expressão de pureza, Jesus escandalizou os esteticamente corretos. Ele Jesus, rompeu com os “sãos”, Ele, Jesus fez aliança com meretrizes, publicanos e pescadores, amou os marginais, e repudiou os “puros” fariseus, posto que para Ele, a imagem de nada vale se o coração não for simples e pastoreável.

Para o Jesus-Graça, o invólucro é efêmero, e não expressa as essencialidades, os conteúdos para Ele são mais importantes, de tal modo que Nele não há variação, diante Dele toda a síndrome da “figueira-que-parece-ter-fruto”, mas, não tem cai por terra.

Portanto, penso que esta “igreja-instituição-oficial-denominacional” se perdeu, sim, ela se perdeu! Se achando juíza, legisladora e detentora da Graça, se distanciou da visão; era pra ser o corpo, mas insiste em ser cabeça!
Ora a Graça não é de ninguém, na verdade a Graça se manifestou num menino-DEUS, ela andou entre nós cheia de Graça e de verdade, pisou este chão de dores e de deformações, tocou-nos, e foi a CRUZ a mais plena e concreta expressão do SER-GRAÇA-JESUS, nada é maior que Ele, nem uma gravidez fora do tempo, tudo se minimiza diante Dele, de tal modo que sem a Graça, esta “igreja” não tem graça nenhuma!

Natal

Há alguns dias venho pensando sobre dois trechos dos Evangelhos, os dois falam do mesmo evento, apenas com percepções diferentes: Mt. 2 1:12 e Lc. 2 1: 7.

Claro estes textos me vieram à mente por causa da época do “natal” que vivemos, sim eu disse natal!


Mesmo sabendo das histórias todas de sincretismo da data com os cultos romanos e pagãos do quarto século, quando da “oficialização Constantiniana” da fé.
Sem falar do apelo capitalismo que ferozmente transforma o espírito natalino em uma enorme oportunidade de se fazer negócios.


Notadamente os ânimos mudam e as pessoas se entregam aos abraços, e aos encontros. Na grande maioria das casas acontecem as trocas de presentes e uma ceia caprichada é servida com todas as pratarias de direito.

Lembro-me que na minha infância que um dos passeios mais desejados por mim, era sair de carro com meu pai e irmãos para ver o brilho das luzes. Estavam nas casas, nos edifícios, pontes e arvores...

Datas são importantes na medida do significado vivido existencialmente pelas pessoas; do contrário, elas viram feriadão apenas.

Sim, o Natal conforme o Evangelho não é a razão para um feriado! Eu mesmo vivi muitos natais existenciais esse ano. Foram dores e alegrias intensas experimentadas ao longo desse momento histórico de minha vida!

Precisamos revisitar o Natal de Jesus, e em revisitando-o, resignificá-lo, isso por que o natal antes de ser uma experiência comunitária, precisa ser uma experiência individual.

E porque digo isso? Ora O NATAL é a encarnação do Verbo, conforme o apóstolo João. Natal é a compreensão de que Deus virou gente e andou entre nós! E A manjedoura é o seu maior emblema!