Inegavelmente a experiência mistica de Constantino lá pelo século quarto foi um divisor de águas para o mundo cristão, e não estou me referindo a discursão improdutiva sobre a veracidade de sua conversão.
Contudo, sua mudança reescreveu a maneira de ser dos cristãos. Ele tira das casas, das praças, das ruas e das catacumbas os seguidores de Cristo, e propõe uma ida aos reformados templos pagãos, e aquilo que inicialmente nasceu e cresceu como um movimento leve, agil e ascesível, se tranformou num enorme monumento, rigido, impessoal e distante.
Os templos se tornaram novos "tabernaculos", não mais de Deus, mas dos homens que de lá gerenciavam com rigor a vida dos incautos fiéis.
Muitos anos se passaram desde daquela visão do dito Imperador, mas o DNA foi instalado!
Os templos cada vez maiores, se tornaram pequenos "vaticanos", de lá criam regras e oprimem as massas...
A grande verdade é que pouca coisa mudou de lá pra cá, chegam a afirmar que o templo é a casa de Deus, e que lá Deus habita, que são seus donos os verdadeiros represetantes de Deus na terra, pior do que isso, dizem alguns... "O reino de Deus é aqui", "É aqui que Ele fala aos homens"
Nem mesmo Constantino acreditaria na eficácia de sua "obra"!
Tudo isso eu pensei quando voltava de uma reunião com o diretor da escola que estamos usando para realizar os nossos encontros, disse-me ele olhando firme para mim: "Por favor ajude-me com esses 2.200 alunos, dos quais 90% estão desconectados com a vida, com os relaciomentos, coma fé e com o Deus!"
Eu não disse nada, não pedi nada, mas ele eufórico me pedia para realizar encontros semanais e mensais para todos os alunos da escola.... "Fale do seu DEUS para esses meninos"...
DEUS NOS ENTREGOU AQUELA ESCOLA!
Pensei no meu coração, enquanto aquele homem falava quase sem respirar..." o reino chegou aqui!"
O reino não é um lugar, o reino não está no templo, e nem é, muito menos uma agenda eclesiastica.
O reino é o serviço na jornada, ou seja, enquanto caminhamos estamos amando as pessoas, servindo-as, não só as da minha 'igreja", por que o reino não promove ninguém, e mais do que isso, no reino ninguem serve esperando nada em troca!
É tempo de fazermos o movimento contrario, de sairmos dos templos, dos espaços, "sacramentalizados", "consagrados", e irmos pelas ruas, pelas praças, pelas escolas anunciando o Reino que é de Deus, e não da minha agremiação protestante-evangélica-cristã.
"Dar-lhes vós de comer" disse Jesus aos seus discipulos diante daquela muiltidão faminta, sim essa é a nossa vocação, fora dos espaços, longe das luzes que nos promovem, mas perto bem perto de Jesus!
Ore por nós, ou esteja conosco, vamos promover o Reino juntos!
Pense Nisso!
Pedro Albuquerque
Ah! E antes que me esqueça, domingo, estaremos lá, Colégio Clóvis Bevilaqua (vindo pela Encruzilhada, segundo sinal a esquerda), sempre as 17:30.
